O radiador destina-se a dissipar o calor da água quente que circula no sistema de
arrefecimento. É composto por dois depósitos de água: um superior e outro
inferior, entre os quais existe um corpo central – a colméia -, normalmente
constituído por tubos metálicos de paredes delgadas. A água quente entra no
depósito superior, vinda da camisa de água, através do termostato e desce pelo
interior da colméia, dissipando o calor. Os tubos têm aletas que proporcionam uma
maior área de contato com o ar de resfriamento.
A água arrefecida passa para o depósito inferior e retorna ao motor através da
bomba de água. Em grande número de radiadores existe um espaço entre a
superfície da água e a parte de cima e interior do depósito superior, a fim de
permitir a expansão da água. Qualquer água (ou vapor) em excesso escorre para o
solo pelo tubo-ladrão do radiador.
Em alguns radiadores atuais, o tubo-ladrão conduz a água para um depósito de
expansão suplementar, separado do radiador. Quando a água arrefece, regressa ao
depósito superior do radiador. Este dispositivo é designado por um sistema de
circuito fechado.
Válvula termostática
A função do termostato consiste em impedir a passagem da água fria vinda do
radiador enquanto o motor está frio. Utilizam-se dois tipos de termostato: o de fole
e o de elemento de cera. O primeiro é constituído por uma cápsula em forma de
sanfona cilíndrica, de chapa de metal extremamente delgada, contendo um fluído
volátil.
O termostato de elemento de cera compõe-se de um diafragma de borracha
rodeado por cera e com uma haste em forma de lápis. A cera está contida numa
cápsula estanque de latão em contato com a água. Enquanto a cera está fria, a
válvula permanece fechada e a água não pode circular entre o radiador e o motor.
Quando a cera aquece, derrete-se e expande-se, empurrando a cápsula para baixo,
abrindo assim a válvula.
Aditivo
A água misturada ao aditivo do radiador deve ser trocada anualmente, já que o
aquece e esfria do dia a dia muda as características do aditivo do liquido de
arrefecimento. Em tempo frio, a água pode congelar e provocar a ruptura do
radiador ou do bloco do motor de um automóvel que tenha ficado exposto às
condições atmosféricas. É também possível que o radiador congele e arrebente
enquanto o automóvel estiver circulando – ainda que a água no motor esteja
fervendo -, devido ao fato de o termostato não permitir a passagem da água
quente do motor para o radiador antes que o motor atinja uma temperatura
determinada. Se um automóvel circular num meio ambiente onde a temperatura for
abaixo de 0°C, a água do radiador poderá congelar antes da abertura da válvula do
termostato.
Pode-se evitar o congelamento da água do radiador adicionando-lhe um produto
químico, normalmente o etileno-glicol, para baixar o seu ponto de congelação.
Existem à venda produtos anticongelantes de boa qualidade que contém um aditivo
inibidor de corrosão, à base de sódio.
FONTE: A Bíblia do Carro
Deixe um comentário